quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Aquisição de nacionalidade portuguesa quadruplica


Nova lei da nacionalidade, que entrou em vigor há três anos fez disparar pedidos de aquisição de nacionalidade. Só no ano passado foram 45 mil.


Público.pt, 17/2/2010


Há quase cem mil novos portugueses desde que a Lei da Nacionalidade entrou em vigor, no final de 2006. Portugal está a bater todos os seus recordes. No ano passado, registou 45.293 pedidos - concedeu 40.245, quatro vezes mais do que em 2006.


"Era o que se esperava", reage Timóteo Macedo, da Associação Solidariedade Imigrante. "Andava todo o mundo a dizer que era preciso mudar esse lei para as pessoas terem mais direitos aqui dentro. A miopia política não deixava. Mudou-se a lei e está aí o resultado."


Depois da decisão tomada, a transformação não aconteceu de um momento para outro. A nova Lei da Nacionalidade foi aprovada a 15 de Fevereiro de 2006 e (depois de uns acertos) republicada a 17 de Abril. Tardou a ser regulamentada - só entrou em vigor a 15 de Dezembro de 2006.


Este regime jurídico encurtou o período de residência mínimo obrigatório e simplificou alguns procedimentos, recorda Martinho Romão, da Associação Cabo-Verdiana do Norte de Portugal. Ao aceitar prova oral de Português, por exemplo, abriu a porta a africanos analfabetos em Portugal há anos.


O peso das naturalizações é cada vez maior. No ano passado, o país somou 22.876. Em 2007, 38.864 solicitaram nacionalidade portuguesa, 16.205 conseguiram-na, 5115 por naturalização. Em 2008, 47.981 requereram e 37.218 obtiveram, 18.750 por naturalização.


Aqui, no pote das naturalizações, cabem os estrangeiros que residem legalmente em Portugal há pelo menos seis anos, que conhecem a língua e não foram condenados por crime punível com pena de prisão de três ou mais anos (segunda a lei portuguesa). Mas também os nascidos em Portugal que se encontram em situação ilegal e que não saíram do país nos últimos dez anos. E os netos de portugueses residentes no estrangeiro. E as pessoas que já tiveram nacionalidade portuguesa e que a perderam sem terem adquirido outra.


As outras aquisições de nacionalidade portuguesa concernem a algum tipo de laço, como o casamento, união de facto, filiação ou a adopção. Fora disto, existe a atribuição originária: a nascidos em Portugal sem outra nacionalidade ou com pelo menos um progenitor aqui residente há pelo menos cinco anos - ou aqui nascido e aqui residente. Os brasileiros lideram a lista. Seguem-se os cabo-verdianos, os angolanos, os moldavos e os guineenses.


Gustavo Behr, da Casa do Brasil, encara esta liderança com "naturalidade". Os brasileiros constituem a maior comunidade estrangeira residente em Portugal: 106.961, de acordo com os últimos números do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Behr lê neste desejo de serem (também) portugueses um sinal da sua crescente integração.


Há limites impostos ao residente estrangeiro. Martinho Romão cita alguns: "Por exemplo, não pode votar nas legislativas, nas presidenciais, nas europeias. Sendo um cidadão nacional, pode participar em qualquer eleição, pode candidatar-se aos serviços públicos, tem facilidade em circular na Europa, pode viajar até aos EUA sem muitos problemas."


E é por a nacionalidade ser apetecível que as autoridades estão atentas. No final do ano passado, o SEF deteve 14 pessoas por suspeita de fraude nos exames de Português: 12 examinados não eram os candidatos, apesar de se terem apresentado com os seus documentos.
Até 15 de Dezembro de 2006, os processos corriam no SEF. Desde então, despacham-se na Conservatória dos Registos Centrais, embora o SEF tenha de verificar os antecedentes e o período de residência legal. Para agilizar os processos, criou-se um sistema de comunicação electrónico, que eliminou a troca de papéis entre conservatórias.
Ainda falta acertar agulhas, diz Martinho: "Antes, o processo era mais discricionário. A nova lei define os requisitos, mas ainda nos deparamos com funcionários que fazem interpretações, ainda não há uniformidade de critérios." Diz-lhe a experiência alheia que a maior dor de cabeça pode ser obter o registo criminal, sobretudo se o candidato já viveu em diversos países. Tudo se agrava quando esses países viveram longas guerras. Só que aí, amiúde, outra dor de cabeça lateja: o registo de nascimento.
"Para ser cidadão, não basta ter o bilhete de identidade português", adverte Timóteo. "É preciso combater a discriminação - impulsionada pela origem, pela cor da pele. É preciso que o Governo ouça quem está no terreno, tome medidas para combater a pobreza e a exclusão social."

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Requisição para nacionalidade dos descendentes italianos trentinos tem prazo ate DEZEMBRO/2010


A lei que regulamenta a requisição de nacionalidade italiana para descendentes trentinos provenientes do antigo Império Austro-Húngaro entrou em vigor no ano de 2000. Nesse mesmo ano, diante do tempo exíguo de 5 anos que a lei impunha para que os descendentes pudessem fazer a solicitação junto aos consulados e, diante da então precária estrutura consular para atender à demanda, representantes da comunidade trentina do Brasil solicitaram junto ao Consulado Geral Italiano em Curitiba e posteriormente à Embaixada italiana em Brasilia para prestarem auxílio aos consulados na prévia análise documental das solicitações.


Assim sendo, os Círculos Trentinos começaram a atuar como legítimos intermediários, a fim de agilizar os trabalhos dos consulados, que passaram a receber a documentação dos descendentes trentinos já organizada, correta e pronta para ser encaminhada à Roma, para análise de uma comissão interministerial criada especialmente para esta finalidade.


O Prazo final para requisição da nacionalidade italiana para descendentes de imigrantes trentinos termina em dezembro de 2010, portanto, para quem deseja fazer o requerimento, é preciso agilizar a documentação. O Estado de Santa Catarina não possui um Consulado Italiano, mas pertence à circunscrição consular do Consulado Geral italiano em Curitiba. Por este motivo os processos são enviados ao Circolo Trentino di Curitiba – responsável por receber os processos e colher as assinaturas dos requerentes na circuncrição consular PR/SC – para posteriormente encaminhá-los e protocolá-los no Consulado.
- Circolo Trentino di Curitiba tel: (11) 3222-9033 (10:00h-12:00h e 14:00h-17:00h, de segunda a sexta).
Foi criado pela Federação dos Círculos Trentinos no Brasil uma ferramenta que permite a todos os descendentes de imigrantes trentinos terem acesso às tramitações dos processos de requisição de nacionalidade italiana. Também é possível verificar se já existe uma requisição de nacionalidade italiana do mesmo ancestral (imigrante trentino). Basta acessar o site: http://www.trentini.com.br/ , clicando no item "Verificar Processo" no canto superior esquerdo da página. Verifique se já existe processo do seu antepassado trentino e entre em contato com o Circulo Trentino.
O Círculo Trentino de Rio dos Cedros, em Santa Catarina, alerta aos associados para se manterem atentos aos avisos e notícias do portal da Federação dos Círculos Trentinos, para tomarem ciência de todos os informativos a respeito da requisição de nacionalidade italiana – http://www.trentini.com.br/. (Circolo Trentino di Rio dos Cedros)

Novas regras para o "Permesso di Soggiorno"


O imigrante deverá acumular 30 pontos para poder renovar o Permesso di Soggiorno. Este é o novo sistema, com pontos, que entrará em vigor em breve segundo o Ministro Maroni.


Cada ação que seja direcionada à integração ganhará pontos, por exemplo: estudar italiano, fazer a "tessera sanitaria", a freqüência dos filhos na escola… Segundo Maroni, o "Permesso a punti" faz parte do "Pacchetto Sicurezza".

Certamente a polêmica já começou.

Mais consulado itinerante: Jurisdição de Milao



Os Consulados Itinerantes são missões feitas por consulados, por vice-consulados e por setores consulares de embaixada a cidades e regiões distantes de suas sedes, destinadas à prestação de serviços consulares às comunidades brasileiras no exterior.
Estou adorando essa iniciativa do consulado brasileiro, tanto o de Roma quanto o de Milano. Para os brasileiros que estão fora das cidades de Roma e Milano, o consulado itinerante é uma verdadeira "mão na roda"

Parabéns ao Ministério das Relações Exteriores!




Abaixo, as proximas ações do Consulado de Milano:


Turim - 27 e 28 de fevereiro 2010


Bolonha - 13 e 14 de março 2010


Peschiera del Garda - 20 e 21 de março 2010


Mântua - 27 e 28 de março 2010

Pádua - 9 e 10 de abril 2010


Rimini - 17 e 18 de abril 2010


Gênova - 24 e 25 de abril 2010



Fique de olho no site do Consulado para saber horarios e locais de atendimento!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Grã-Bretanha endurece vistos para estudantes




O governo britânico anunciou que dificultará o processo para obtenção de vistos de estudantes, em uma tentativa de prevenir o que chama de "abusos do sistema" por parte de candidatos que, na realidade, chegam ao país para trabalhar.

O ministro britânico do Interior, Alan Johnson, informou que as novas regras exigirão que os alunos tenham um determinado nível de inglês e reduzirão o número de horas que os estudantes poderão trabalhar se estiverem em curso abaixo de nível universitário.
Ele acrescentou que as regras, mais rígidas, não se dirigem aos estudantes genuínos, e sim aos que chegam ao país com a finalidade primária de trabalhar.

"Os estudantes estrangeiros que pretendem vir para a Grã-Bretanha por razões legítimas de estudo continuam a ser bem-vindos. Mas os que vêm primariamente pelo trabalho, não tenham dúvida de que vamos ser mais duros com os que ignoram as regras", afirmou o ministro, em um comunicado.

No ano escolar de 2008/09, o governo emitiu 242 mil vistos de estudantes. Outros 100 mil pedidos foram recusados.

Um porta-voz do Ministério do Interior confirmou que a mudança terá um "impacto significativo" neste número a partir do próximo ano escolar, mas não confirmou rumores de que a redução seria de dezenas de milhares.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010




Fabiana Uchinaka

Do UOL Notícias


Os imigrantes aumentam a produtividade econômica dos países que os recebem com custo irrelevante ou inexistente para os cidadãos nativos e são uma forte influência para o desenvolvimento humano dos países de origem. Por isso, os governos devem reduzir drasticamente as barreiras à imigração e adotar medidas para acolher os estrangeiros. É o que defende o Relatório de Desenvolvimento Humano 2009 do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), divulgado nesta segunda-feira (5).Na edição deste ano, o documento tenta derrubar alguns mitos em torno da migração e enfatiza a necessidade de os governos perceberem as vantagens dos trabalhadores vindos de fora, especialmente em um momento de crise econômica e desemprego. "Ao contrário do que normalmente se acredita, os migrantes estimulam a produtividade e dão mais do que aquilo que recebem", afirma a principal autora do estudo, Jeni Klugman. "Muitos migrantes encontram-se duplamente em risco. Sofrem com desemprego, insegurança e marginalização social, e ainda assim são apontados como o cerne do problema. Não é o momento para políticas proteccionistas e anti-imigração, mas para reformas. Convencer as populações disso requer coragem", explica.Segundo o relatório, a controvérsia provocada pela entrada de trabalhadores migrantes com poucas qualificações são "desmensuradas". Para aqueles que acreditam que os estrangeiros "roubam" o emprego de nativos, são responsáveis pela redução dos níveis salariais e pela criminalidade, além de sobrecarregarem os serviços públicos, o Pnud ressalta que as investigações mostram que "estes efeitos são geralmente pouco significativos e podem, em alguns contextos, ser totalmente inexistentes"."Por outro lado, os efeitos positivos chegam a ser muito abrangentes. Por exemplo, quando a disponibilidade dos migrantes para a prestação de serviços de cuidados infantis permite que as mães trabalhem fora de casa", destaca a ONU.O relatório aponta ainda que as remessas enviadas pelos imigrantes aos familiares nos países de origem provocam impactos positivos nas nações em desenvolvimento. Com rendimentos maiores, as pessoas consomem mais, conseguem ter melhor educação e condições de saúde e acabam tendo um aumento nos níveis cultural e social, além de se abrirem para novos comportamentos vindos de fora. Esse movimento na economia leva ainda à criação de mais empregos."Para dar um exemplo significativo, note-se como esta abertura pode levar a que se permita que as mulheres se libertem dos seus papéis tradicionais", aponta o texto.

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