Reforma da imigração é imperativo econômico para os EUA

Washington – O presidente Obama está pedindo um sistema de imigração que seja inteligente, eficiente e justo, porque é fundamental para seu objetivo de promover inovação econômica e desenvolvimento de negócios, disse Alan Krueger, presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca.

Nenhum país faz um trabalho melhor de integrar e se beneficiar dos imigrantes como os Estados Unidos, e a imigração é vista como o rejuvenescimento da força de trabalho e das empresas, disse Krueger nos seus comentários diante da Câmara de Comércio Hispânica dos EUA em Washington, em 20 de março.

“Reforma da imigração com bom senso vai aproveitar a criatividade e a energia dos imigrantes que querem começar um negócio nos Estados Unidos e fortalecer nossa economia no processo”, Krueger disse aos executivos hispânicos.

“Isso inclui imigrantes que chegam ao nosso país como membros da família de cidadãos dos EUA ou residentes permanentes, ou como refugiados fugindo de perseguição, ou como alunos de nossas faculdades e universidades”, acrescentou.

Krueger disse que também é verdade que imigrantes abrem empresas a uma taxa maior do que os cidadãos natos. Ele observou que 40% do ranking da revista Fortune das 500 maiores empresas nos Estados Unidos foram fundadas por imigrantes e seus filhos.

“Imigrantes contribuem para a força de trabalho e aumentam a capacidade produtiva da economia”, disse o economista da Universidade de Princeton.

Atualmente, o Departamento de Segurança Interna dos EUA estima que são 11,5 milhões de imigrantes não documentados vivendo e trabalhando nos Estados Unidos, e cerca de 1,3 milhão tem menos de 18 anos. Tanto o presidente como o Congresso estão trabalhando para desenvolver a legislação da reforma da imigração que irá eliminar muitos dos problemas que atualmente aflige os governos federal e estadual e comunidades em todo país. A reforma depende da combinação de iniciativas que aumentam a segurança das fronteiras e oferece um caminho para imigrantes não documentados obterem a cidadania, disse Krueger.

Enquanto isso, um grupo de senadores democratas e republicanos dos EUA estão se aproximando de um acordo sobre um projeto de lei de reforma abrangente da imigração, que inclui colocar imigrantes não documentados em um caminho de 13 anos para a cidadania dos EUA sem ter que voltar aos seus países de origem, de acordo com a Associated Press e o noticiário. Mas qualquer legislação final precisa da aprovação do Senado e da Câmara dos Deputados antes de ir para o presidente para sua assinatura e se tornar lei.

Além disso, a legislação criaria novos critérios para a segurança das fronteiras, permitiria mais trabalhadores com alta e baixa qualificação no país e endureceria as normas para empresas, que devem verificar que seus funcionários estão no país legalmente. Os senadores – conhecidos como a Gangue dos Oito – planejam introduzir legislação para apreciação do Senado em abril, segundo a imprensa.

“Estamos enfrentando uma série de questões, nós realmente estamos, mas acho que estamos fazendo progressos”, o senador John McCain, republicano do Arizona, disse a jornalistas na semana de 18 de março. “Algumas dessas questões são muito complicadas.”

Krueger disse que a reforma da imigração com bom senso cria um efeito em cascata sobre a economia dos EUA, que significa maior expansão de negócios e desenvolvimento, que gera mais empregos e mais clientes para as empresas.

Trabalhadores imigrantes também aumentam a produtividade e renda para outros trabalhadores americanos, ele observou. Reter imigrantes talentosos uma vez que completarem o ensino superior nos Estados Unidos ajuda a estruturar o impacto em cascata sobre a economia.

De acordo com faculdades e universidades do país, imigrantes representam 14% de todas as pessoas com formação universitária empregadas nos EUA, mas representam mais da metade de todos os doutorados nas profissões de matemática, ciência da computação e engenharia.

“Nós podemos encorajar mais desses e outros imigrantes a vir aqui se permitirmos que tragam suas famílias”, disse Krueger. “A reforma da imigração iria manter as famílias juntas, e permitir que ficassem unidas de forma oportuna e humana.”